RU da UFSM precisa de R$ 5 milhões para não interromper os serviços

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Por ano, são servidas 2 milhões de refeições à comunidade acadêmica

Um dos principais serviços da UFSM, o Restaurante Universitário (RU) segue tendo um acompanhamento semanal por parte da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae). A ideia, com isso, é manter os três RUs (dois no campus sede, em Camobi, e um no prédio da antiga Reitoria, no Centro) e dos demais campi (Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões) em funcionamento, sem qualquer interrupção, até o fim do ano. 

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O pró-reitor Clayton Hillig afirma que, para concluir 2019, seriam necessários R$ 5 milhões para todas as unidades dos restaurantes universitários. Em decorrência do contingenciamento, que vinha até então se mantendo, a UFSM chegou a cogitar manter o fornecimento das refeições apenas para alunos com o chamado Benefício Socioeconômico (BSE), uma vez que o estudante com BSE tem a refeição gratuita. 

Por ano, são servidas 2 milhões de refeições à comunidade universitária (alunos, professores e servidores) e cerca de 9 mil refeições (sendo seis mil almoços) por dia, nos três restaurantes. Os estudantes com BSE representam 50% dos usuários dos RUs. Já os demais que não contam com o auxílio pagam R$ 2,50 - a universidade subsidia em 60% o valor do almoço. Já quem é servidor paga R$ 9,70.

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CARDÁPIO REVISADO
Como forma de diminuir os custos diários, a universidade retirou, ainda em agosto, o suco do cardápio. Agora, a tendência é que as alterações sigam valendo. A mais recente delas, explica Hillig, é que, após o fim do estoque da sobremesa - o que deve ocorrer até a metade do mês -, não haja reposição desse item. Outra medida é reduzir a oferta de carne bovina nas refeições, adotando, com maior frequência, frango e suíno.

No início do ano, a Prae tinha um orçamento de R$ 25 milhões. Até agora, foram utilizados R$ 20 milhões em bolsas e auxílios (transporte e material pedagógico) para 4,3 mil alunos com BSE.

DESCONTINGENCIAMENTO 
Na segunda-feira, o Ministério da Educação anunciou o descongelamento de R$ 1,15 bilhão dos recursos das universidades. Isso significa R$ 18,8 milhões no saldo da UFSM, valor que, segundo o reitor, Paulo Burmann, serão destinados a quitar compromissos com empresas terceirizadas e, além disso, será suficiente para, no máximo, três semanas. Mesmo assim, segundo o pró-reitor de planejamento, Frank Casado, a tendência é que a UFSM mantenha em vigência um conjunto de medidas para contenção de gastos: 

• Restrição no uso de ar-condicionado (somente poderá ser usado em laboratórios)
• Suspensão de linha de transporte interno dentro do campus 
• Corte de serviços para coffe break e restrição na participação em eventos 
• No começo de setembro, a universidade fechou os acessos secundários à instituição das 23h39min de sexta às 6h de segunda-feira